Como saber se o paciente tem ou não intolerância alimentar? Nem sempre é fácil!
Primeiramente, numa consulta detalhada o médico investiga e tenta encontrar alguma relação dos sintomas do paciente com os alimentos ingeridos.
Em se tratando da intolerância à lactose, existem 5 maneiras.⠀
- Teste terapêutico: retirar a lactose por pelo menos duas semanas e observar se os sintomas desaparecem. Após este período, introduz-se novamente e caso haja retorno dos sintomas, o diagnóstico é confirmado.
- Teste do hidrogênio expirado (testerespiratório). É o exame padrão ouro: menos invasivo, mais sensível e permite classificar a intolerância em leve, moderada e grave. Também diferencia os pacientes com má absorção dos intolerantes.
- Teste oral de tolerância à lactose: ingestão de lactose seguido de coletas sanguíneas.
- Biópsia intestinal (através da endoscopia) que permite a dosagem da atividade enzimática da lactase na mucosa.
- Teste genético.
Na intolerância à frutose ou sorbitol ou no supercrescimento bacteriano do intestino delgado (sibo), utilizamos o teste respiratório.
Este método está fundamentado no fato que somente as bactérias podem produzir hidrogênio (H2) e metano (CH4), portanto a concentração destes gases no ar alveolar (ar expirado pelos pulmões) correlaciona-se com o grau de fermentação bacteriana intestinal.
Quando não há a completa absorção dos carboidratos ingeridos, estes alcançam o colón, onde são expostos a fermentação bacteriana. Esta fermentação tem como resultado final água, ácidos e gases (principalmente H2, CH4 e CO2).
Estes gases intestinais são absorvidos ou excretados através de flatus ou da respiração. E como o CO2 também é produzido no metabolismo celular, desta forma somente o H2 e o CH4 podem ser usados como marcadores da fermentação intestinal.
Aqueles exames que testam inúmeros alimentos de uma só vez não possuem validação científica e portanto não devem ser utilizados para diagnóstico de intolerância alimentar!
Fujam de profissionais que indicam tais testes!
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