“Se meus exames estão normais, por que sinto tanta dor?”

Já te aconteceu de ir ao médico com queixas digestivas e ficou desconfiado porque seus exames estavam normais?

Saiba que isso ocorre com uma certa frequência nas chamadas doenças funcionais.

As mais frequentes são a síndrome do intestino irritável (SII), a dispepsia funcional e a

pirose funcional. Mas elas podem acometer qualquer parte do aparelho digestivo.

Ainda não se sabe ao certo a causa exata, mas cada vez mais os estudos mostram uma interação da microbiota, alterações da motilidade e da sensibilidade do trato gastrointestinal.

Não é raro ouvirmos o seguinte relato “eu não sentia nada, até um dia em que tive uma diarréia e nunca mais voltei ao normal…”. Muito provavelmente houve um desarranjo que foi o gatilho para o início do quadro.

Os exames, nestes casos, estarão normais ou com achados que não justificariam os sintomas.

A doença funcional pode estar sozinha ou até mesmo acompanhar alguma outra patologia, sendo assim, você ter uma doença não te impede de ter a outra. É importante que o tratamento seja feito de forma global e que doenças mais graves e tratáveis sejam manejadas da melhor maneira.

O diagnóstico das doenças funcionais se baseia em critérios de INCLUSÃO, ou seja, não é porque não encontrou um nome para tal situação que o paciente “irá para o pacote” do intestino irritável, por exemplo.

Mas e o tratamento? Mais uma vez, volto a bater na tecla da participação ativa do paciente em identificar os gatilhos para os sintomas (sejam eles alimentares ou situações de estresse).

A atividade física ajuda a “modular” a dor. Podemos também usar algumas medicações, técnicas para melhora do sono e manejo do estresse. O tratamento medicamentoso irá depender de cada caso.

O mais importante, entenda que a doença funcional, apesar de trazer muito desconforto, é benigna, mas muitas vezes merece tratamento prolongado, e apresenta períodos de melhora e piora e por isso é tão importante que você conheça seu corpo e confie no seu médico.

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